Liberdade e cruz
São muitas as narrativas bíblicas que descrevem o desapego de Deus com tudo aquilo que é resultado da construção humana. Enquanto nós sofremos quando a camiseta velha mas cheia de história torna-se pano de chão, Deus faz questão de destruir as vestes antes que se tornem um poço de lembranças que nos prendem ao passado. Os encontros com o Deus hebreu pressupunham rasgar as vestes e cobrir-se de cinzas.
É verdade que parte do apego que temos às coisas é fruto de amor, carinho e respeito para com as pessoas que participaram da história que aquela camiseta velha presenciou. Mas é também verdade inegável que parte fundamental do apego agarra-se ansiosamente à nossa necessidade de segurança e controle.
É por isso que Jesus foi o louco que foi para os religiosos da época. Não existe apego maior do que o religioso, e o rabi judeu fez questão de desprezar muito do que era tão precioso na mentalidade carola dos judeus mais fervorosos. Nas palavras e atitudes do mestre, o importante era a liberdade, mas o caminho para ela era a cruz. A liberdade era a antítese do controle e a cruz o oposto da segurança. Enquanto os judeus zelosos lutavam e conspiravam para manter o controle e segurança, Jesus oferecia descaradamente liberdade e cruz.
Originalmente publicado em: http://atrilha.blogspot.com/2009/07/desapego-1.html
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Tuco, muito interessante a forma com que abordas a questão “igreja’, sempre questionei o tal ‘igrejismo”, como psicóloga me preocupo muito com esta forma dsitorcida de servir a Deus, ou tentar seguir os ensinamentos de Jesus, que ao olhar para td isto, deve pensar: “Não entenderam nada”. Parabéns pela tua clareza e coragem nesta dismitificação do exercício da Fé, e de lembrar sua validação tão nobre, quando em pratica vinda de um coração aberto e alegre. e transmitindo a essencia do Servir.
Valeu Inajara.
Obrigado pela força.
Abraço.